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1.
Biota neotrop. (Online, Ed. port.) ; 13(1): 108-116, jan.-mar. 2013. ilus, mapas, tab
Article in English | LILACS | ID: lil-673154

ABSTRACT

The morphology of sessile invertebrates, such as scleractinian corals, can be controlled by environmental and genetic mechanisms and, consequently, it is highly variable. Morphological variation has puzzled taxonomists by posing challenges to species classification within cryptic species complexes. The 'Atlantic Siderastrea Complex' is a suitable example. Because of overlapping diagnostic traits, the morphological interspecific limits of this group remain controversial and often resulted in doubtful synonyms. In addition, the recent identification of the Caribbean S. radians in the Southwestern Atlantic has revealed that intraspecific variation has been equivocally assessed. Traditionally, hierarchical categories of variation have been the criteria used to investigate the patterns of modular organisms as corals. However, despite its taxonomic and ecological implications, the category 'intracolonial' has been largely neglected. To evaluate the influences of intracolonial morphological variation in the identification of Atlantic siderastreids, colonies from Bahia State, northeastern Brazil, were collected and measured. Six characters were selected in S. radians and S. stellata, and the variation in these characters was analyzed with Discriminant Canonical Analysis. The columellar depth and diameter varied consistently within S. stellata and S. radians, but the septal number was the most important for differentiating the two species. The results of the study also represent the first report of S. radians on the northern coast of Bahia.


A morfologia de invertebrados sésseis, tais como corais escleractíneos, é controlada por mecanismos genéticos e ambientais e, por conseguinte, é muito variável. Entretanto, variação morfológica tem intrigado os taxonomistas principalmente por desafiar a identificação de complexos de espécies crípticas. O "Complexo Siderastrea do Atlântico" é um exemplo desta problemática. Por conta da sobreposição dos traços diagnósticos, os limites morfológicos interespecíficos deste grupo permanecem controversos e muitas vezes resultaram em sinonímias de interpretação duvidosa. Além disso, a recente identificação do S. radians para o Atlântico Sul revelou que a variação intra-específica tem sido avaliada equivocadamente. Tradicionalmente, categorias hierárquicas de variação são os critérios mais utilizados para investigar os padrões de organismos modulares como corais. No entanto, apesar de sua importância taxonômica e ecológica, a categoria "intracolonial" tem sido amplamente negligenciada. No sentido de elucidar a influencia de variação morfológica intracolonial na identificação do gênero Siderastrea, colônias do Estado da Bahia, nordeste do Brasil, foram coletadas e medidas. Seis características foram selecionadas em S. radians e S. stellata, e a variação destas características foi analisada através da Análise Discriminante Canônica. A profundidade e diâmetro columelar variaram de forma consistente dentro de S. stellata e S. radians, mas o número de septos foi o mais importante para diferenciar as duas espécies. Por fim, o estudo também provê o primeiro relato de S. radians no litoral norte da Bahia.

2.
Biota neotrop. (Online, Ed. port.) ; 8(3): 69-82, jul.-set. 2008. ilus, graf, mapas, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-500487

ABSTRACT

A partir de 1993 foram registrados vários eventos de branqueamento de coral na Bahia, com recuperação total dos corais afetados. O primeiro registro ocorreu em Abrolhos no verão de 1993/1994, quando o percentual de colônias branqueadas variou entre 50 e 90 por cento. No verão de 1997/1998, ocorreu no Litoral Norte da Bahia uma anomalia térmica de 1 ºC, com temperaturas medidas no campo de 29 a 30,5 ºC, o que causou branqueamento em 60 por cento dos corais. De 1998 a 2005, foi observado que nos recifes costeiros, localizados muito próximos (<5km) ou adjacentes à costa, a permanência de anomalias térmicas de 0,25 ºC por mais de duas semanas causou branqueamento em mais de 10 por cento dos corais. Porém para os recifes de Abrolhos, localizados a mais de 10 km da costa, apenas anomalias acima de 0,50 ºC com duração de mais de duas semanas causaram branqueamento em mais de 10 por cento dos corais. Mussismilia hispida, Siderastrea spp., Montastraea cavernosa, Agaricia agaricites e Porites astreoides foram as espécies de coral mais afetadas pelo branqueamento e são as espécies mais freqüentes nos recifes costeiros. Todas as espécies apresentaram graus diferentes de branqueamento, "fraco" ou "forte". Nos recifes da Bahia há uma forte relação entre o branqueamento de corais e os eventos de anomalias da temperatura da superfície do mar (TSM), e os recifes mais afetados pelo branqueamento foram os recifes costeiros. Estes recifes localizados muito próximos da costa estão mais expostos aos efeitos dos impactos provenientes de processos que ocorrem na região costeira, sugerindo que, muito provavelmente, os corais mais expostos a níveis elevados de nutriente e sedimento, e variações sazonais mais altas da TSM, podem já estarem mais resistentes aos efeitos pós branqueamento como, por exemplo, doenças infecciosas e mortalidade em massa.


Since 1993 several coral bleaching events were registered in Bahia. There were no mass coral death associated to these events and the affected corals fully recovered after the impact. The first occurrence was registered during the southern hemisphere summer of 1993/1994, in Abrolhos, when 50 to 90 percent of the coral colonies were bleached. In the North Coast of Bahia, during the summer of 1997/1998, a sea surface temperature (SST) anomaly of 1 ºC matched with SST registered in the field (29 to 30.5 ºC). As a result, up to 60 percent corals bleached. From 1998 to 2005 anomalies of 0.25 ºC, for two weeks, caused bleaching in more than 10 percent corals from the coastal reefs, which are located adjacent or less than 5 km from the coastline. However in the Abrolhos region, where reefs are located more than 10 km from the continent, only SST anomalies higher than 0.50 ºC,persisting for more than two weeks, caused bleaching up to 10 percent of the investigated corals. Mussismilia hispida, Siderastreaspp., Montastraea cavernosa, Agaricia agaricites and Porites astreoides were the coral species most severely impacted by bleaching, and they are also the most common species in the coastal reefs. All species presented different levels of bleaching, 'light' or 'heavy'. In Bahia, there is a strong linkage between coral bleaching and periods of elevated sea surface temperature, and the most affected corals were the ones from the coastal reefs. These coastal reefs are exposed to the impacts from processes occurring in the continent, suggesting that corals exposed to high levels of nutrient and sediment loads, and large SST fluctuations, may be more resistant to the post bleaching effects, such as infectious diseases and mass mortality.


Subject(s)
Anthozoa , Climate Change , Coral Reefs , Coasts/analysis , Ecosystem , Marine Fauna
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